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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

BÍBLIA - PROIBIDA SUA LEITURA







Inacreditável, mas verdadeiro. Em alguns períodos, traduzir a Bíblia para uma língua compreensível pelo povo era um crime que podia custar a vida. Ter o Evangelho em casa era proibido a quem não fosse sacerdote.

Judeus, cristãos e muçulmanos são chamados também de "povos do Livro", pois baseiam a própria fé, os próprios preceitos e hábitos em textos ditados (ou inspirados) por Deus. De acordo com essas religiões, o fiel não só tem o direito, como o "dever" de ler, estudar e entender as Escrituras. Por exemplo, no mundo protestante, a leitura e o conhecimento da Bíblia representam uma tradição. Já no mundo católico, apenas há algumas décadas os altos escalões da Igreja levantaram a questão de uma "alfabetização bíblica" dos fiéis. Essas diferenças culturais têm causas históricas precisas.

O problema das religiões baseadas em uma revelação escrita é a língua. O que acontece quando uma crença desse tipo se difunde entre outros povos ou quando, no próprio local em que nasce, a evolução natural no decorrer dos séculos faz a linguagem mudar? Acontece, de forma banal, que a Revelação corre o risco de não mais ser compreendida pela maior parte dos crentes.


A Bíblia dos Setenta e a Vulgata

Antes mesmo do suposto nascimento de Jesus, os judeus, que tinham várias comunidades espalhadas por todo o oriente helênico, precisavam enfrentar esse exato problema. A Bíblia (biblia, que, em grego, significa "livros"), sendo na maior parte escrita em hebraico,1 não era de fácil compreensão para muitos judeus, principalmente os de segunda ou terceira geração, que não dominavam mais a língua de seus antepassados.

Além disso, havia muitos "gentios" (ou seja, "não-judeus") de língua grega que se aproximavam com curiosidade do culto judaico. Assim, no século III a.C, a comunidade judaica de Alexandria, no Egito, traduziu as Escrituras do hebraico para o grego, produzindo a versão conhecida como "Bíblia dos Setenta", pois setenta eruditos teriam trabalhado em sua tradução, pelo que diz a tradição.

Séculos depois, em Roma, quando o cristianismo já estava difundido no Ocidente e tinha se tornado religião de Estado, surgiu o mesmo problema. A Bíblia dos cristãos (ou pelo menos dos adeptos da Igreja "oficial") era composta pelo "Antigo Testamento" (ou seja, a velha Bíblia judaica, já traduzida para o grego) e o "Novo Testamento", uma coleção de vários textos (Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, Atos dos Apóstolos, Epístolas, Apocalipse de João) escritos em grego.

São Jerônimo (347-420) traduziu para o latim — a língua mais difundida nos territórios ocidentais do Império Romano — a Bíblia cristã. Ainda hoje, a versão por ele traduzida é conhecida com o nome de Vulgata (ou seja, "popular", "acessível", "divulgada").

São Jerônimo viu-se diante de questões complexas e perigosas de tipo filológico e teológico, como a adoção do cânone. De fato, os judeus completaram o cânone bíblico séculos após a tradução dos Setenta, excluindo vários livros já presentes na edição alexandrina (Tobias, Judite I e II, Macabeus, Baruc e Lamentações de Jeremias, Sabedoria, Eclesiástico, partes de Ester e de Daniel). No final, Jerônimo decidiu incluir em sua tradução os livros já presentes na tradução dos Setenta, embora não considerando todos eles canônicos.

A questão do cânone bíblico está em aberto até hoje. Os católicos (apenas do parecer contrário de Jerônimo) consideram sagrados todos os livros contidos na Vulgata. Os protestantes, por outro lado, consideram o Antigo Testamento como cânones bíblicos mais restritos, e, de acordo com as várias crenças, ou mantiveram livros não canônicos como "apócrifos" ou os arrancaram de suas Bíblias.

Mais ou menos nos mesmos anos, o bispo ariano Wulfila realizou um feito parecido, inventando um novo alfabeto para traduzir a Bíblia para o godo e torná-la, assim, acessível aos povos germânicos. Um século depois, São Patrício difundiu o Evangelho em língua celta, para cristianizar a Irlanda.2 Muito mais tarde, São Cirilo sistematizou o alfabeto glagolítico, antepassado do atual cirílico, para difundir sua fé entre os povos eslavos.

Com a queda do Império Romano do Ocidente, o latim foi caindo em desuso e, na Europa, nasceram as chamadas línguas "vulgares", das quais derivam nossas atuais línguas nacionais. No início do século XI, na Europa, o latim só era falado de fato por doutores e juristas, uma língua desconhecida pelas pessoas comuns.


Bíblia - heresia

Pareceria lógico, portanto, que a Igreja da época promovesse energicamente a tradução da Bíblia para as novas línguas nacionais, de modo que os fiéis pudessem, se não estudá-las (pouquíssimos sabiam ler e escrever), pelo menos ouvi-la em uma língua compreensível. Mas não. Pelo contrário, a partir do século XIII, todas as tentativas de tornar as Escrituras compreensíveis para o povo foram condenadas e seus artífices foram perseguidos. Por quê? Os hereges e aqueles que contestavam o poder da Igreja utilizavam as Sagradas Escrituras para demonstrar para o povo como a Igreja oficial havia se distanciado do mandamento evangélico originário de pobreza e humildade.

Em 1199, o papa Inocêncio III (o promotor da Cruzada contra os cátaros) lançou-se contra os leigos, homens e mulheres, que "em reuniões secretas chamaram para si o direito de expor os escritos e pregar uns aos outros".3 Em 1229, o Concilio de Toulouse, convocado no sul da França, onde haviam sido exterminadas dezenas de milhares de hereges, proibiu que os leigos possuíssem e lessem a Bíblia, especialmente aquela em língua vulgar, com exceção dos Salmos e dos passos contidos nos breviários autorizados.4

De fato, o estudo e a pregação da Bíblia eram atividades reservadas ao clero. Os que ousavam infringir o status quo corriam o risco de ser acusados de heresia e mandados para a fogueira. É possível até afirmar que, a partir dessa época, não houve mais processo contra hereges em que os réus não fossem acusados também de "tradução e leitura não autorizada dos Evangelhos".


A invenção da imprensa e as novas proibições

Em meados do século XV, Gutenberg inventou a prensa de tipos móveis, e a primeira obra a ser produzida com o novo sistema foi exatamente a Bíblia. "A invenção da prensa e o uso do papel contribuíram para aumentar a difusão dos livros, tornando a heresia mais difícil de ser controlada. De fato, enquanto queimar um manuscrito herético produzido através de um cansativo trabalho de cópia que durava semanas ou meses podia significar a anulação completa daquela expressão de pensamento heterodoxo específico — especialmente se, junto com o manuscrito, seu dono também acabava na fogueira —, destruir todas as cópias de uma edição feita na prensa parecia quase impossível."5

Em 1492, os bastante cristãos reis da Espanha proibiram a tradução da Bíblia em língua vulgar. No início do século XVI, uma tradução francesa do Novo Testamento fez tanto sucesso que alarmou a Faculdade de Teologia de Paris e levou o Parlamento, em 1526, a ordenar, por força de lei, a apreensão de todas as traduções bíblicas e a proibir que os tipógrafos as imprimissem no futuro.6

Quando Lutero começou a traduzir a Bíblia em alemão (e outros, animados com seu exemplo, fizeram o mesmo nas várias línguas nacionais), o alto clero católico o acusou de golpe. Eis o que escreveu uma comissão de prelados sobre o assunto, em um relatório enviado ao papa em 1553:




É preciso fazer todos os esforços possíveis para que a leitura do Evangelho ' seja permitida o mínimo possível... O pouco que se lê na missa já basta, que ler mais do que aquilo não seja permitido a quem quer que seja. Enquanto os homens se contentaram com aquele pouco, os interesses de Vossa Santidade prosperaram, mas quando se quis ler mais, começaram a ficar prejudicados.

Em suma, aquele livro [o Evangelho] foi o que, mais que qualquer outro, suscitou contra nós aqueles turbilhões e tempestades em que por pouco não nos perdemos inteiramente.

E se alguém o examinar inteira e cuidadosamente e depois comparar as instruções da Bíblia com o que se faz nas nossas igrejas, perceberá logo as divergências e verá que nossa doutrina muitas vezes é diferente e, mais ainda, contrária ao texto: o que quer que o povo entendesse, não pararia de reclamar de nós até que tudo fosse divulgado, e então nos tornaríamos objeto de desprezo e de ódio de todo o mundo.
Por isso, é preciso tirar a Bíblia da vista do povo, mas com grande cautela, para não dar ensejo a tumultos.7

Estranhamente, a Itália da época estava em condições melhores do que outros países europeus. Lá, no final do século XV, já haviam se difundido várias divulgações dos livros sagrados, antecipando-se às traduções em alemão e francês, e outras foram lançadas nas décadas seguintes, encontrando um notável sucesso de público.8

Depois da explosão do cisma luterano, as autoridades eclesiásticas adotaram um comportamento ambivalente sobre as traduções italianas das Escrituras. De um lado, toleravam-nas com reserva, tendo em vista a grande requisição dos fiéis (até os analfabetos podiam conhecer seu conteúdo, pedindo que alguém o lesse). Do outro, a posse e a leitura de uma Bíblia em língua vulgar podiam levantar suspeitas de heresia. Foi, por exemplo, o caso do pintor Riccardo Perucolo, condenado pela Inquisição, que confessara calmamente ao juiz que lia o Novo Testamento para entender melhor os sermões do padre.

As traduções do Antigo e do Novo Testamento fizeram tanto sucesso entre o povo e as mulheres de todas as condições sociais que alarmaram as autoridades eclesiásticas. "Qualquer um de nós quer as condições, seja fêmea ou macho, idiota (analfabeto) ou letrado, para entender as mui profundas questões da teologia e da escritura divina", escreveu, escandalizado, uma testemunha da época. E outro intelectual lamenta que "aos impuros, soldados, vendedores de ferro-velho, açougueiros, tintureiros, batedores de lã, pedreiros e ferradores [conferissem, junto com as mulheres, o direito de] expor a Escritura, falar de algo tão importante e ler para os prelados da Igreja" (Fragnito, 1997, p. 73).


A Bíblia na fogueira

Em 1558, o inquisidor de Veneza proibiu que os tipógrafos da cidade imprimissem traduções da Bíblia em língua vulgar.

O Índex (lista de livros que os católicos eram proibidos de ler ou possuir, salvo com permissão especial da autoridade eclesiástica), de 1559, vedava de forma peremptória que qualquer pessoa imprimisse, lesse ou possuísse uma Bíblia traduzida em qualquer língua vulgar, salvo se permitido pela Santa Inquisição de Roma. Edições posteriores do Índex revogaram pelo menos parte da proibição, que foi mantida, no entanto, por prelados mais zelosos.

Em 1571, o bispo de Cagli e Pergola proibiu que as clarissas do mosteiro de Monteluce lessem a Bíblia em italiano.

O novo Índex, de 1596, revalidou a proibição. "A Igreja tentava, com uma operação sem precedentes, suprimir qualquer traço residual do texto sagrado em italiano." (Fragnito, 1997, p. 197.) Nas décadas que se sucederam, centenas de Bíblias e Evangelhos proibidos foram recolhidos em igrejas, conventos e residências privadas, e queimados. Tratava-se não só de obras escritas por hereges e protestantes, mas também de traduções aprovadas e comentadas por eclesiásticos católicos.

Em 1605, o embaixador veneziano Francesco Contarini, defendendo a causa da Sereníssima, ameaçada por um interdito papal, afirmou que os teólogos venezianos não atacavam a Santa Sé em seus sermões, mas se limitavam a expor passagens das Escrituras. O papa Paulo V então rebateu: "Não sabeis (como) a leitura da Escritura estraga a religião católica?" (Fragnito, 1997, p. 130.)

Seria preciso esperar até 1758 para rever na Itália traduções das Sagradas Escrituras em língua vulgar.   




Padre Paulo Ricardo nos ensina que a interpretação da bíblia não é de caráter pessoal e que só a Igreja Católica tem condições de discernir a verdadeira palavra de Deus contida na bíblia através da sua hermenêutica.

Após tecer duras críticas sobre o calvinismo, denuncia a presença de padres hereges dentro da sua própria igreja.








 FONTE PARA ESTUDOS

1.   Com exceção do Livro da Sabedoria e do Livro dos Macabeus, que são em grego, mas são considerados apócrifos pelo povo judeu.

2.   Donini, Storia dei cristianesimo - dalle origine a Giustiniano, Milão, Teti editore, 1977, p. 322-3.

3.   Epístola Cum ex iniuncto, de 12 de julho de 1199.

4.   David Christie-Murray, I percorsi delle eresie, Milão, Rusconi, 1998, p. 156.

5.   Gigliola Fragnito, La Bibbia ai rogo: Ia censura ecciesiastica ei volgarizzamenti delia Scrittura (1471-1605), Il Mulino, Bolonha, 1997, p. 24.
6.   Ibid

7.   Avvisi riguardo aimezzipiü opportuni per sostenere Ia Chiesa romana, Bolonha, 20 de outubro de 1553. Biblioteca Nacional de Paris, folha B, n. 1088, vol. Il, p. 641/650.

8.   Gigliola Fragnito, op. cit, p. 25-74.





sábado, 30 de março de 2013

QUAL A RELIGIÃO CERTA PARA MIM?


RESPOSTA DADA PELO SITE GOT QUESTIONS:

Os restaurantes de fast food nos seduzem permitindo-nos pedir a nossa comida exatamente como nós a queremos. Algumas cafeterias exibem mais de cem sabores e variedades de café. Mesmo quando compramos casas e carros, nós podemos procurar por um com todas as opções e recursos que desejamos. Não vivemos mais num mundo de chocolate, baunilha e morango. A escolha reina! Você pode encontrar praticamente qualquer coisa de acordo com seus gostos e necessidades pessoais.

Então que tal uma religião que seja certa para você? Que tal uma religião sem culpa, que não exige nada e que não está cheia de faças e não-faças? Está bem aí, bem como eu descrevi, mas a religião é algo a ser escolhido como o seu sabor de sorvete favorito?

Há muitas vozes pedindo a nossa atenção, então por que alguém deveria considerar Jesus acima de, vamos dizer, Maomé ou Confúcio, Buda, ou Charles Taze Russell, ou Joseph Smith? Afinal, todas as estradas não o levam para o Céu? Todas as religiões não são basicamente a mesma coisa? A verdade é que todas as religiões não o levam para o Céu, da mesma forma que nem todas as estradas o levam para São Paulo.

Somente Jesus fala com a autoridade de Deus porque somente Jesus derrotou a morte. Maomé, Confúcio e os outros estão se decompondo em suas sepulturas até o dia de hoje, mas Jesus, pelo Seu próprio poder, saiu da tumba três dias depois de morrer numa cruel cruz romana. Qualquer um com poder sobre a morte merece ser ouvido.

As provas a favor da ressurreição de Jesus são irrefutáveis. Primeiro, houve mais de quinhentas testemunhas oculares do Cristo ressuscitado! São muitas testemunhas. Quinhentas vozes não podem ser ignoradas. Há também a questão da tumba vazia; os inimigos de Jesus poderiam simplesmente ter acabado com toda a conversa sobre a ressurreição exibindo o Seu corpo morto e decadente, mas não havia corpo morto para eles exibirem! A tumba estava vazia! Poderiam os discípulos ter roubado o Seu corpo? Dificilmente. Para impedir que isso acontecesse, a tumba de Jesus havia sido fortemente guardada por soldados armados. Considerando que Seus seguidores mais próximos haviam fugido com medo durante a prisão e crucificação de Jesus, é pouco provável que este bando de pescadores assustados teriam ido corpo-a-corpo contra soldados treinados e profissionais. O simples fato é que a ressurreição de Jesus não pode ser explicada!

Mais uma vez, qualquer um com poder sobre a morte merece ser ouvido. Jesus provou o Seu poder sobre a morte, portanto nós devemos ouvir o que Ele diz. Jesus diz ser o único caminho para a salvação (João 14:6). Ele não é um caminho; Jesus não é um de vários caminhos, mas é o caminho.

E este mesmo Jesus diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28). Este é um mundo duro e a vida é difícil. Muitos de nós estão ensangüentados, arranhados e feridos pelas batalhas. Concorda? Então o que você quer? Restauração ou mera religião? Um Salvador vivo ou um de vários “profetas” mortos? Uma relação com significado ou rituais vazios? Jesus não é uma escolha – Ele é a escolha!

Jesus é a “religião” certa se você está procurando por perdão (Atos 10:43). Jesus é a “religião” certa se você está procurando por uma relação significativa com Deus (João 10:10). Jesus é a “religião” certa se você está procurando por uma morada eterna no Céu (João 3:16). Deposite a sua fé em Jesus Cristo como seu Salvador – você não vai se arrepender! Confie nele para o perdão dos seus pecados – você não vai se desapontar.

Se você quer ter uma “relação correta” com Deus, aqui está uma simples oração. Lembre-se que fazer esta oração ou qualquer outra não irá salvá-lo. Somente confiando em Cristo você pode ser salvo de seu pecado! Esta oração é simplesmente uma forma de expressar a Deus a sua fé Nele e agradecer a Ele por prover a sua salvação. “Deus, sei que pequei contra Ti e mereço punição. Mas Jesus Cristo tomou a punição que eu mereço para que através da fé Nele eu pudesse ser perdoado. Com a Tua ajuda, eu me volto contra os meus pecados e deposito a minha confiança em Ti para salvação. Obrigado pela Tua maravilhosa graça e perdão – o dom da vida eterna! Amém!”

Você tomou uma decisão por Cristo por causa do que você leu aqui? Se sim, por favor clique no botão "Aceitei Cristo Hoje" abaixo.



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Toda religião leva a salvação aos olhos de quem nela crer. O Deus de um, é o demônio do outro. Oxalá, Ogum, Yemanjá, são demônios nas igrejas pentecostais. Jesus não passa de um profeta para os muçulmanos e não é conhecido no judaísmo. Um amigo judeu de nome Eliyahu confabulou-me que não há nas escritas antigas do judaísmo nada que fale sobre Jesus, nem nada parecido com ele.

Por outro lado nos assegura Frabk Zindler:

Não existe uma única fonte rabínica da época que fale da vida de um falso messias do primeiro século, dos acontecimentos envolvendo a crucificação e ressurreição de Jesus ou de qualquer pessoa que lembre o Jesus do cristianismo.”

Mitologia é o nome que damos às religiões dos outros.

O desaparecimento do corpo de Jesus é citado pelos cristãos como prova irrefutável da ressurreição. É a viga mestra do Cristianismo, segundo os seus seguidores.

Esquecem os apologistas cristãos que Mithra, o Deus rival de Jesus, durante os primeiros 300 anos da nossa era, no Império Romano, também nasceu de uma virgem, no dia 25 de dezembro, teve 12 apóstolos ou seguidores, morreu, foi enterrado em uma tumba e ressuscitou. Horus, Deus egípcios idem, Attis (Frígia – Roma) 1200 a.C., foi crucificado e ressuscitou no terceiro dia, Krishna, ressuscitou, Dionísio, ressuscitou, logo não há nada de fato novo no Cristianismo. Jesus é uma cópia da crença de outros Deuses pagãos, com os mesmo atributos.


Se por um lado o Alcorão foi dado ao profeta Muhammad pelo Arcanjo Gabriel, e o mundo inteiro sabe que o profeta de fato existiu, onde nasceu, onde morreu, onde está sepultado (Arábia Saudita, Medina, no cemitério Al Baqi), os Cristãos não tem nada a mostrar sobre Jesus, que não tenha sido mostrado, copiado das mitologia de outros Deuses anteriores a Jesus. Vejamos:

Contos de Antigamente


Conta-se que um ser divino nasceu de uma gravidez miraculosa. Jesus? Não, Perseu.

Conta-se que um rei mandou matar recém-nascidos para se livrar de uma criança considerada uma ameaça. Jesus? Não, Krishna.

Conta-se que um salvador viria para julgar a humanidade. Jesus? Não, Sháh Bahram.

Conta-se que uma divindade foi morta, pendurada e ressuscitou após três dias. Jesus? Não, Innana.

Conta-se que um homem-deus ascendeu após ter realizado suas obras. Jesus? Não, Hércules.

Conta-se que uma divindade curava os males dos homens. Jesus? Não, Asclepius.

Conta-se que uma divindade, perseguida por um desafeto, disse algo como: "Dura coisa é recalcitrar contra os aguilhãos" (laktizo pros kentron. Ver Atos 26:14). Jesus? Não, Dionísio para Penteus na obra As Bacantes de Eurípides.

O que foi exposto acima são exemplos rápidos de algumas das semelhanças entre as narrativas bíblicas referentes a Jesus e o que pode ser visto nas mitologias e literaturas pagãs existentes ao redor da época e local onde surgiu o cristianismo e foi redigido o Novo Testamento. Penso que apenas essa constatação já é suficiente para lançar fortes dúvidas sobre a realidade do *Jesus Bíblico*. Mas temos um outro problema: NÃO HÁ REGISTROS NÃO CRISTÃOS CORROBORANDO O QUE DIZ A BÍBLIA.


A autoridade dos cristãos se baseia nos evangelhos, que ninguém sabe quem escreveu, nem quando, e dos quais só temos cópias das cópias das cópias, já que os originais se perderam ou foram destruídos. Mas todas as igrejas cristãs confiam na seleção da Igreja Católica que catalogou o Novo Testamento dizendo que eles são autênticos; foi ela, a Igreja Católica, que os escolheu, reescreveu e organizou. Portanto, são os evangelhos que validam a Igreja - mas é a Igreja que valida os evangelhos. Algo não me cheira bem...

O exaltado autor do texto apologético cristão fala sobre “prova ocular da ressurreição de Jesus” – MAIS DE QUINHENTAS TESTEMUNHAS OCULARES.

NÃO CITA NENHUMA PELO NOME.

Estes escritores abaixo, que viveram ao tempo da suposta "vida de Jesus" deixaram uma livraria extensa, Judaica e Pagã literatura, nas quais não há uma única menção de "Jesus" ou dos seus "apóstolos" e "discípulos".

   Eles são :
                Arrian
                Plutarco
                Apollonius
                Hermógenes
                Appian (Apião)
                Damis
                Aulus Gellius
                Apião da Alexandria
                Philo Judaeus
                Petronius
                Juvenal
                Quintilian
                Silius Italicus
                Phlegon
                Pausanias
                Dio Chrysostom
                Favorinus
                Seneca
                Dion Pruseus
                Martial
                Lucanus
                Statius
                Phaedrus
                Florus Lucius
                Columella
                Lysias
                Theon de Myrna
                Plinio o Velho
                Paterculus
                Persius
                Justus de Tiberius
                Epictetus
                Ptolemi
                Valerius Maximus
                Quintius Curtis
                Valerius Flaccus
                Pompius Mela
"O maior inimigo da verdade é frequentemente não a mentira - deliberada, planejada, desonesta - mas sim o mito - persistente, entranhado e irreal"
Sem o conhecimento de que outros Deuses ressuscitaram, o autor do texto cristão nos conclamam a aceitar o Cristianismo como a Religião certa, assim entendido, aquela que nos promete que viveremos mesmo depois da nossa morte.

O desconhecimento do autor sobre o cristianismo chega ao ponto de citar frases atribuídas a Jesus, retirado do Livro João, 14:6).

Por que eu devo acreditar no versículo citado acima?

Que grau probatório tem um versículo escrito – segundo a tradição - em Éfeso, em grego, que não se sabe exatamente quem o escreveu?

Sabemos que o Livro João foi escrito entre 95 e 110, o que é muito improvável tenha o próprio Apostolo João escrito alguma coisa. Tal livro passou pelo crivo do Concílio de Nicéia em 325, isso implica que foi alterado, pois não existe a cópia original desta obra.

Dito isto, fica assim:

Alguém disse, que João teria dito, que ouviu de Jesus as seguintes palavras:

“Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”

Ora, isso também não é nenhuma novidade, Buda, cerca de 500 anos antes da era atual já dizia: - "Conheço tanto Deus, como seu reino; quanta a via que para lá conduz, eu a conheço por ter entrado no 'reino do céu".

Sem a prova da existência de Jesus e sua ressurreição, fica prejudicado os demais argumentos em favor do Cristianismo.


VALE A PENA ASSISTIR O VÍDEO, O PADRE PAULO RICARDO ABRE O VERBO E CONFIRMA:  Quem escreveu os evangelhos, costurou acrescentou, remodelou...   ...A maioria dos bispos são safados e analfabetos... Eis portanto a palavra do representante da Igreja Católica, guardiã do Evangelhos de Cristo.



domingo, 24 de março de 2013

RESPOSTA A CARTA DO MEU AMIGO DIÓGENES



Boa noite. Desejo-lhe saúde e sucesso profissional.


Fico sempre impressionado com esse pessoal que quer provar que Deus existe apenas com truques de letras, números, ilusão ótica e agora com códigos de linguagem de computador - "passe aqui o mouse", (risos !!).

Faz tempo que usam truques na tentativa de provar.  Deus, por acaso seria algum tipo de mágico, ilusionista ou algo semelhante?

Com esses truques conseguem aprisionar a mente de milhões de ovelhas, e cada dia que passa o rebanho aumenta mais, e o mesmo acontece com a conta bancária do bispo Edir Macedo, dono da IURD, que tem até cartão de crédito para os crentes contribuirem. Isto vale também para o papa Bento XVI, o chefe da ICAR, e para os outros chefes máximos das outras religiões.

No Brasil, no Congresso Nacional, atualmente a bancada evangélica tem em torno de 70 deputados e 03 senadores, tudo por conta do Deus de Abraão. Eles são capazes de inviviabilizar uma votação e derrubar projetos de  lei, Eles são donos de redes de televisão, e outras empresas, etc.


Nesse Deus de Abraão (dos judeus e cristãos) afirmo que não acredito, nem neste nem em qualquer outro inventado pelos homens. Para mim, tudo não passa de mero desejo humano, uma mitologia herdada dos povos antigos. Em todos os tempos as religiões foram usadas como mecanismo de poder político-religioso, e tudo feito em nome desse Deus inventado. Uns se tornam senadores e outros deputados, com os votos das ovelhas do rebanho, etc.


Romanos 3:
7 Mas, se pela minha mentira abundou mais a verdade de Deus para glória sua, por que sou eu ainda julgado também como pecador?

Em outras palavras:

Romanos 3:
7 Mas, se pela mentira contada no Youtube abundou mais a verdade de Deus para glória sua, por que Rodrigo Silva deve ser julgado também como pecador?

É o Cristianismo instigando a mentira para validar seu Deus.


A fala contida no link do Youtube é bastante convincente para aqueles que nunca leram a Bíblia extensivo também para aqueles que desconhecem a história do Cristianismo.

Os primeiros sete minutos do vídeo é para apresentar o comentarista Rodrigo Silva, que prepara as nossas mentes para aceitar suas mentiras.

1 – A primeira delas é de que a Bíblia é a palavra de Deus. Não pensam assim os autores da Bíblia, os hebreus, hoje os judeus. Segundo esse povo (um dos mais inteligentes do mundo) Deus apenas escreveu os 10 Mandamentos e os entregou a Moisés.

Todo Pentateuco foi expirado por Deus, mas não escrito por Deus.

E aí eu me pergunto: - O que esse cara “Rodrigo Silva” tem a nos ensinar? Basta um erro crasso para nos desestimular de ouvir toda fala. Mas eu tive paciência e ouvi todos os 12 minutos e 17 segundos.

Comparar os registros históricos de Jesus com Alexandre Magno é de uma pobreza de conhecimento abaixo do normal.

Segundo o Rodrigo Silva, os Evangelhos de Cristo foram escritos apenas há algumas décadas após a morte de Jesus.

O descarado chega a afirmar que tem mais de 5.300 manuscritos do Novo Testamento. E que permite a ele traçar a originalidade do texto original. Perdão, diz ele propositadamente, traçar a fidelidade do texto original.

MENTIRA DESLAVADA

A história de Jesus que chegou até nós foi escrita por São Jerônimo, Doutor da Igreja Católica Apostólica ROMANA. Com exceção dos livros chamados apócrifos que escaparam do fogo, como queima de arquivos.

Os originais não existem e mesmo que existissem duvido muito que a Igreja Católica tenha dado permissão para Rodrigo Silva bisbilhotar os arquivos secretos do Vaticano, ou mesmo aberto sua biblioteca para um membro da Assembléia de Deus.

Acho que você já ouviu falar de uma bíblia chamada “Vulgata”. A Vulgata surgiu com o translado do idioma grego (língua culta) para o latim (língua vulgar, falada pelo povo), feita no final do século IV e início de século V por São Jerônimo e até hoje é a bíblia padrão da Igreja Católica.

Essa tradução foi tão fajuta que o seu contemporâneo Santo Agostinho, também Doutor da Igreja Católica afirmou – “Eu não creria nos santos evangelhos se a isso não me mandasse a Santa Igreja Católica”.

A fé fingida de Santo Agostinho
- Padre Paulo Ricardo da Canção Nova – “Eu não creria nos evangelhos se a isso não me mandasse a Santa Igreja Católica.” (1:30/2:10 m)



Padre Paulo Ricardo


Leia agora trechos da carta de São Jerônimo ao Papa Damaso I


A Confissão de Jerônimo!
Pedro Paulo Rodrigues Cardoso de Melo


"Obrigas-me fazer de uma Obra antiga uma nova... da parte de quem deve por todos ser julgado, julgar ele mesmo os outros, querer mudar a língua de um velho e conduzir à infância o mundo já envelhecido. Qual, de fato, o douto e mesmo o indouto que, desde que tiver nas mãos um exemplar, depois de o haver percorrido apenas uma vez, vendo que se acha em desacordo com o que está habituado a ler, não se ponha imediatamente a clamar que eu sou um sacrílego, um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir, corrigir alguma coisa nos antigos livros? (Meclamitans esse sacrilegum qui audeam aliquid in verteribus libris addere, mutare, corrigere). Um duplo motivo me consola desta acusação. O primeiro é que vós, que sois o soberano pontífice, me ordenais que o faça; o segundo é que a verdade não poderia existir em coisas que divergem, mesmo quando tivessem elas por si a aprovação dos maus".

(Obras de São Jerônimo, edição dos Beneditinos, 1693, t. It. Col. 1425).


Esta fala deveria ser uma das expressões verbais mais bombásticas e poderosas de todos os tempos. Deveria ser, também, a mais importante confissão de toda história da humanidade, pois é a fala de, ninguém menos, Jerônimo, o compilador da bíblia cristã, admitindo com sua própria boca e mãos (já que escreveu a confissão) que ADULTEROU a bíblia a mando do chefe maior da sua igreja, o Papa.

Chamado a Roma pelo Papa Damaso, Jerônimo tornou-se secretário particular deste e recebeu do mesmo a incumbência de traduzir os escritos hebraicos e gregos que compunham o cânon bíblico para o latim. Até onde se sabe a intenção do Papa era, justamente, erigir uma única e universal versão dos textos bíblicos, dado o excesso de traduções populares e à diversidade de interpretações dos textos sagrados.

Mas, pela fala de Jerônimo, o Papa foi um pouco mais além: criou a versão da sua conveniência. Em outras palavras, temos, então que, a bíblia cristã que conhecemos hoje e que reverenciamos como a Palavra de Deus revelada, recebeu uma “mãozinha” daquelas de Jerônimo a mando do Papa. O Deus cristão é, portanto, um deus católico.


Dizem alguns autores (não há consenso) que dos 96 manuscritos papiráceos dos escritos do Novo Testamento que chegaram até nós são na esmagadora maioria fragmentários, ou, se algum deles abrange algum dos livros neotestamentários do princípio ao fim, não deixa de apresentar lacunas em diversos pontos.

Somente o papiro classificado como p[72], do século III ou IV, contém por inteiro as duas epístolas de Pedro e a epístola de Judas.

Ou seja tudo que temos do NT são ´pequenos textos muito fragmentados e quem os juntou e completou as lacunas, seriam os antigos sacerdotes tão descuidados para ficar por ai perdendo e rasgando seus textos " sagrados"?

“Meclamitans esse sacrilegiu qui audeam aliquid in veteribus libris addere, mutare, corrigere”

“Vão clamar que sou um sacrilégio, um falsário, porque terei tido a audácia de acrescentar, substituir, corrigir algumas coisas nos antigos livros” "São Jerônimo"

Quanto ao celebrado trecho "antigo" de Marcos de 50 este o papiro diz apenas o seguinte:

" e depois do milagre dos pães eles voltaram para a Galiléia"

Nada mais nem nada a menos bem isto... pode estar se referindo a qualquer coisa não exclusivamente ao Evangelho.

Quanto ao evangelho de João e suas alterações:

O intrólito faz parte de uma das doutrinas essênias a concordância é com as palavras verbo e luz o nome de Jesus nem aparece, o capítulo final dele também não existe ou seja aquela parte onde o autor afirma ser o que Jesus amava, e portanto uma testemunha dos ocorridos não existe o autor é desconhecido e o testemunho é falso.

(Ehrman & Holmes 2001, 3-18).


Padre Paulo Ricardo confirma – Quem escreveu os evangelhos, costurou acrescentou, remodelou...
A maioria dos bispos são safados e analfabetos.






Entre as mais destacadas personalidades que não mencionam Jesus, temos:

Sêneca (4 a.C. – 65 d.C.) — Um dos mais famosos autores romanos sobre ética, filosofia e moral e um cientista que registrou eclipses e terremotos. As cartas que teria trocado com Paulo se revelaram uma fraude, mais tarde.

Plínio, o velho (23 d.C. – 79 d.C.) — História natural. Escreveu 37 livros sobre eventos como terremotos, eclipses e tratamentos médicos.

Quintiliano (39 d.C. – 96 d.C.) — Escreveu “Instituio Oratio”, 12 livros sobre moral e virtude.

Epitectus (55 d.C. – 135 d.C.) — Ex-escravo que se tornou renomado moralista e filósofo e escreveu sobre a “irmandade dos homens” e a importância de se ajudarem os pobres e oprimidos.

Marcial (38 d.C. – 103 d.C.) — Escreveu poemas épicos sobre as loucuras humanas e as várias personalidades do império romano.

Juvenal (55 d.C. – 127 d.C.) — Um dos maiores poetas satíricos de Roma. Escreveu sobre injustiça e tragédia no governo romano.

Plutarco (46 d.C. – 119 d.C.) — Escritor grego que viajou de Roma a Alexandria. Escreveu “Moralia”, sobre moral e ética.
Três romanos cujos escritos contêm referências mínimas a Cristo, Cresto ou cristãos:

Plínio, o jovem (61 d.C. – 113 d.C.) — Foi proconsul da Bitínia (atual Turquia). Numa carta ao imperador Trajano, em 112 d.C., pergunta o que fazer quanto aos cristãos que “se reúnem regularmente antes da aurora, em dias determinados, para cantar louvores a Cristo como se ele fosse um deus”. Uns oitenta anos depois da morte de Jesus, alguém estava adorando a um Cristo (messias, em hebraico)! Entretanto, nada se diz sobre se este Cristo era Jesus, o mestre milagreiro que foi crucificado e ressuscitou na Judéia ou se um Cristo mitológico das religiões pagãs de mistério. O próprio Jesus teria dito que haveria muitos falsos Cristos, portanto a afirmação de Plínio não contribui em muito para demonstrar que o Jesus de Nazaré existiu.

Suetônio (69 d.C. – 122 d.C.) — Em “A vida dos imperadores”, com a história de 11 imperadores, ele conta, em 120 d.C., sobre o imperador Cláudio (41 d.C. – 54 d.C.), que ele “expulsou de Roma os judeus que, sob a influência de Cresto, viviam causando tumultos”. Quem é Cresto? Não há menção a Jesus. Seria este Cresto um agitador judeu, um dos muitos falsos messias, ou um Cristo mítico? Este trecho não prova nada sobre a historicidade de um Jesus de Nazaré.

Tácito (56 d.C. – 120 d.C.) — Famoso historiador romano. Seu “Annuals”, referente ao período 14-68 d.C., Livro 15, capítulo 44, escrito por volta de 115 d.C., contém a primeira referência a Cristo como um homem executado na Judéia por Pôncio Pilatos. Tácito declara que “Cristo, o fundador, sofreu a pena de morte no reino de Tibério, por ordem do procurador Pôncio Pilatos”. Os estudiosos apontam várias razões para se suspeitar de que este trecho não seja de Tácito nem de registros romanos, e sim uma inserção posterior na obra de Tácito:

A referência a Pilatos como procurador seria apropriada na época de Tácito, mas, na época de Pilatos, o título correto era “prefeito”.
Se Tácito escreveu este trecho no início do segundo século, por que os Pais da Igreja, como Tertuliano, Clemente, Orígenes e até Eusébio, que tanto procuraram por provas da historicidade de Jesus, não o citam?

Tácito só passa a ser citado por escritores cristãos a partir do século 15.

O que é claro e indiscutível é que um período de 80 a 100 anos sem nenhum registro histórico confiável, depois de fatos de tal magnitude, é longo o bastante para levantar suspeitas. Além do mais, é insuficiente citar três relatos tão curtos e tão pouco informativos para provar que existiu um messias judeu milagreiro chamado Jesus que seria Deus em forma humana, foi crucificado e ressuscitou.

Há três autores judeus importantes do primeiro século:
Philo-Judaeus (15 a.C. – 50 d.C.) — de Alexandria, era um teólogo-filósofo judeu que falava grego. Ele conhecia bem Jerusalém porque sua família morava lá. Escreveu muita coisa sobre história e religião judaica do ponto de vista grego e ensinou alguns conceitos que também aparecem no evangelho de João e nas epístolas de Paulo. Por exemplo: Deus e sua Palavra são um só; a Palavra é o filho primogênito de Deus; Deus criou o mundo através de sua palavra; Deus unifica todas as coisas através de sua Palavra; a Palavra é fonte de vida eterna; a Palavra habita em nós e entre nós; todo julgamento cabe Palavra; a Palavra é imutável.

Philo também ensinou sobre Deus ser um espírito, sobre a Trindade, sobre virgens que dão luz, judeus que pecam e irão para o inferno, pagãos que aceitam a Deus e irão para o céu e um Deus que é amor e perdoa. Entretanto, Philo, um judeu que viveu na vizinha Alexandria e que teria sido contemporâneo a Jesus, nunca menciona alguém com este nome nem nenhum milagreiro que teria sido crucificado e depois ressuscitou em Jerusalém, sem falar em eclipses, terremotos e santos judeus saindo dos túmulos e andando pela cidade. Por que? O completo silêncio de Philo é ensurdecedor!

Flavius Josephus (37 d.C. – 103 d.C.) — era um fariseu que nasceu em Jerusalém, vivia em Roma e escreveu “História dos judeus” (79 d.C.) e “Antiguidades dos judeus” (93 d.C.). Apologistas cristãos (defensores da fé) consideram o testemunho de Josephus sobre Jesus a única evidência garantida da historicidade de Jesus. O testemunho citado se encontra em “Antiguidades dos judeus”. Ao contrário dos apologistas, entretanto, muitos estudiosos, inclusive os autores da Encyclopedia Britannica, consideram o trecho “uma inserção posterior feita por copistas cristãos”. Ele diz que:

“Naquele tempo, nasceu Jesus, homem sábio, se é que se pode chamar homem, realizando coisas admiráveis e ensinando a todos os que quisessem inspirar-se na verdade. Não foi só seguido por muitos hebreus, como por alguns gregos, Era o Cristo. Sendo acusado por nossos chefes, do nosso país ante Pilatos, este o fez sacrificar. Seus seguidores não o abandonaram nem mesmo após sua morte. Vivo e ressuscitado, reapareceu ao terceiro dia após sua morte, como o haviam predito os santos profetas, quando realiza outras mil coisas milagrosas. A sociedade cristã que ainda hoje subsiste, tomou dele o nome que usa.”

Por que este trecho é considerado uma inserção posterior?

Josephus era um fariseu. Só um cristão diria que Jesus era o Cristo. Josephus teria tido que renunciar s suas crenças para dizer isto, e Josephus morreu ainda um fariseu.
Josephus costumava escrever capítulos e mais capítulos sobre gente insignificante e eventos obscuros. Como é possível que ele tenha despachado Jesus, uma pessoa tão importante, com apenas algumas frases?

Os parágrafos antes e depois deste trecho descrevem como os romanos reprimiram violentamente as sucessivas rebeliões judaicas. O parágrafo anterior começa com “por aquela época, mais uma triste calamidade desorientou os judeus”. Será que “triste calamidade” se refere vinda do “realizador de mil coisas milagrosas” ou aos romanos matando judeus? Esta suposta referência a Jesus não tem nada a ver com o parágrafo anterior. Parece mais uma inclusão posterior, fora de contexto.

Finalmente, e o que é ainda mais convincente, se Josephus realmente tivesse feito esta referência a Jesus, os Pais da Igreja pelos 200 anos seguintes certamente o teriam usado para se defender das acusações de que Jesus seria apenas mais um mito. Contudo, Justino, Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria e Orígenes nunca citam este trecho. Sabemos que Orígenes leu Josephus porque ele deixou textos criticando Josephus por este atribuir a destruição de Jerusalém morte de Tiago. Aliás, Orígenes declara expressamente que Josephus, que falava de João Batista, nunca reconheceu Jesus como o Messias (”Contra Celsum”, I, 47).

Não somente a referência de Josephus a Jesus parece fraudulenta como outras menções a fatos históricos em seus livros contradizem e omitem histórias do Novo Testamento:

A Bíblia diz que João Batista foi morto por volta de 30 d.C., no início da vida pública de Jesus. Josephus, contudo, diz que Herodes matou João durante sua guerra contra o rei Aertus da Arábia, em 34 – 37 d.C.

Josephus não menciona a celebração de Pentecostes em Jerusalém, quando, supostamente: judeus devotos de todas as nações se reuniram e receberam o Espírito Santo, sendo capazes de entender os apóstolos cada qual em sua própria língua; Pedro, um pescador judeu, se torna o líder da nova igreja; um colega fariseu de Josephus, Saulo de Tarso, se torna o apóstolo Paulo; a nova igreja passa por um crescimento explosivo na Palestina, Alexandria, Grécia e Roma, onde morava Josephus. O suposto martírio de Pedro e Paulo em Roma, por volta de 60 d.C., não é mencionado por Josephus. Os apologistas cristãos, que depositam tanta confiança na veracidade do testemunho de Josephus sobre Jesus, parecem não se importar com suas omissões posteriores.

A Encyclopedia Britannica afirma que os cristãos distorceram os fatos ao enxertar o trecho sobre Jesus. Isto é verdade? Eusébio (265-339 d.C.), reconhecido como o “Pai da história da Igreja” e nomeado supervisor da doutrina pelo imperador Constantino, escreve em seu “Preparação do evangelho”, ainda hoje publicado por editoras cristãs como a Baker House, que “ s vezes é necessário mentir para beneficiar queles que requerem tal tratamento”. Eusébio, um dos cristãos que mais influenciou a história da Igreja, aprovou a fraude como meio de promover o cristianismo! A probabilidade de o cristianismo de Constantino ser uma fraude está diretamente relacionada desesperada necessidade de encontrar evidências a favor da historicidade de Jesus. Sem o suposto testemunho de Josephus, não resta nehuma evidência confiável de origem não cristã.


Jesus foi inventado para atender à tendência religiosa e mística de uma época.

Quando o Cristianismo [que viria a ser o de Jesus Cristo] começou a elaborar sua doutrina teve grandes dificuldades em conciliar fé e razão por isso fez várias adaptações com lendas pagãs e Deuses solares. O Cristianismo [de Jesus Cristo] passou a ser assim um sincretismo das incontáveis seitas judaicas misturado às crenças de Deuses Solares, dando assim apenas novos nomes e roupagens a Deuses que morriam e ressuscitavam e que predominavam há séculos, com rituais solares, fundamentados em um Deus que se sacrificava. O Jesus dos Evangelhos não é um ser real, que existiu, mas sim um personagem criado em cima da visão religiosa sobre Brama, Buda, Krishna, Mitra, Horus, Júpiter, Serapis, Apolo......


Se Jesus tivesse existido as Igrejas não precisavam inventar mentiras para validar o seu Deus.


Abraços.